terça-feira, 18 de janeiro de 2011

onde vais...


As certezas misturam-se na confusão de viver todos os dias. não sou um piano perfeito que não sabe como desafinar. o meu lugar não é este - a certeza cai em mim e não posso desejar muito mais do que partir. O lugar que melhor conheço é onde me sinto perdida. ruas transversais que se impõem, fazem juntar-me à necessidade do conhecer. a experiência deixa de ser infeliz, cresce com o tempo. 
estou entre sítio nenhum e cem. 
sabendo apenas a ignorância, num sopro tudo se vai e com ele tu também não ficas. deixei de ser sã na noite que se aproximou, me olhaste e o teu sorriso se abriu para conhecer alguém não menos débil do que tu. agarra-te bem, na montanha da solidão por onde vagueei será a tua vez de pisar. não penses no porquê, são apenas inevitabilidades. ligações manhosas entre o errado e a sorte perdida. tempo roubado que nunca voltará.
onde vais... onde quer que vás...
eu fico sempre aqui e espero que chegues.

domingo, 9 de janeiro de 2011

criações.



criações mirabolantes.
revirar de olhos que não precisam de palavras. códigos destemidos decifrados num sopro. esconderijos perfeitos no meio das ruas.
sonantes a meio da noite, a meio do dia.
chega de palavras insignificantes, trocas de linguagem com sentimentos adversos, impróprios à minha condição febril. a tua doença é o meu remédio. 
fusões distantes num presente intrigante e irreverente, onde cada um de nós interpreta o papel que melhor nos serviu, nesta peça de comédia romântico-desastrosa inspirada nas acções daqueles que mais nos representam. relações com material de exageros e confusões, químicas no sangue ou afectos desprezados por animais irrelevantes. 
para quê preocupação?

sem medo. torna-te útil. vive.