sábado, 31 de julho de 2010

Uma estranha nostalgia atravessa-me. 
Foi à muito tempo que deixei de sentir.
O teu calor. 
O teu abraço. 
O teu beijo.





Quando decidiste partir? 





























Eu sei que a culpa é minha.


Este é o momento. A distância do meu mundo permite-me absorver mais do que este tem para me oferecer e ensinar. Agora sei respirar e sentir as emoções. Aprendi o verdadeiro significado dos sentimentos. Aprendi novos sentimentos. Estou num caminho muito claro com várias saídas, das quais só tenho de escolher uma. Aqui tenho escolha. Enquanto aqui estou quero viver. Livre.


 "Here you can be yourself"



quarta-feira, 21 de julho de 2010




Não sei se a mensagem era suposto ser para mim. mas de qualquer maneira relembrou-me uma tarde bem passada em tua casa. respondendo à tua questão: claro que me lembro. posso não estar contigo à meses, mas guardo bem guardadas as memórias de tudo o que vivemos juntas. essa tarde, esse filme. olhámos uma para a outra e abraçámos-nos com força a chorar.
talvez nunca venhas a ler isto. tenho uma questão que continua a palpitar-me na cabeça. talvez um dia também já a tenhas tido, não duvido disso. talvez já a tenhas esquecido. um texto repleto de insignificantes ses. como é que é possível duas pessoas que partilham praticamente tudo de uma vida, choram juntas agarradas à ideia de uma perfeita amizade, e por fim se separam por tempo indeterminado? indeterminado, mais uma vez com a possibilidade de um talvez infinito. 
sim eu errei, mas tu erraste quando falsamente me perdoaste. passaste o tempo em busca de falhas para me mostrares como não sou perfeita, como se eu precisasse de alguém para fazer isso, eu própria não me basto? esperaste sentada até que algo acontecesse para me  mostrares o terrível adamastor que sou. por vezes penso que talvez possa ter sido uma simples maneira para me afastares de vez da tua vida. mas acho que isso não se encaixa muito na tua essência. alias, vindo de outras pessoas fiquei a saber que o teu grande sentimento por mim era a raiva. será que ultrapassou o sentimento de profunda amizade? talvez. mas gosto mais de pensar que canalizaste tudo isso para a raiva exactamente por gostares tanto de mim. 
sempre achei que fossemos parecidas, mas tanto tu como eu temos evoluído em direcções bastante diferentes. és de uma maneira que não me vejo a ser, e sem que sentes o mesmo. de qualquer das maneiras, eu respeito a tua maneira de ser.
naquele dia senti que era o momento de te dizer o que sentia. talvez não te devesse ter dito daquela maneira. não talvez. realmente não devia ter dito algumas coisas que disse. mas estou a viver a minha vida e não a tua, não tenho de continuar a partilhar a minha vida apenas contigo. talvez não percebas isso. talvez não gostes. não falo das tuas acções porque devem ser reflectidas por ti. eu tenho a minha opinião.
continuo a ter muitos sentimentos por ti [daí que quando te vi um dia te tenha falado. desculpa se não o querias fazer. simplesmente acho que por muito mais do que educação o deveria fazer.]
após todos estes meses sinto que ainda tentas ridicularizar-me, fazendo comentários no meu facebook, mesmo que não percebendo de onde vêm as frases ou as brincadeiras. outra pergunta me surge: mas para quê? deixei de estar na tua vida, queres voltar a entrar na minha pelos piores motivos?
eu sei que estou diferente, podes já não saber, porque nestes últimos tempos muitas coisas me ajudaram a progredir, a seguir em frente. 
não entendas como crítica. não te critico. tu és a melhor pessoa para o fazeres se assim entenderes. reflexão. essa já tive muita em relação a isto. apenas tenho a minha opinião, que só tu a saberás. talvez um dia. talvez nunca.
nesta nossa história que pode já ter um ponto final apenas quero lembrar a alegria destes anos. o resto simplesmente não quero guardar na memória.
talvez um dia voltemos a chorar de felicidade abraçadas como se não houvesse amanhã.

segunda-feira, 19 de julho de 2010


Não consigo. eu sinto-te dentro de mim. eu sei que já não estou dentro ti, não da maneira que gostava. agora apenas estou guardada na gaveta da amizade com a etiqueta “passado triste”. não me resta senão a conformidade. Sinto o vento na minha cara, espero pela hora mudança. será alguma vez real? as horas continuam a passar, a gozarem da minha impertinente espera. estou confusa. preciso de uma resposta. porque não ma dás? não tenho direito de te pedir nada, mas também não me aguento nesta agonia, dor de alfinetes a picotarem-me o coração sempre que respiro. Sempre que penso em ti. Já decidiste que caminho queres tomar? dizes que estás bem com a tua vida. Eu acredito. Mas para mim não chega. não quero tomar decisões precipitadas, como já tantas vezes caí nesse abismo! quero saber o que fazer desta vez, não quero tomar decisão de todo! lembraste dos passeios na praia ao fim de tarde? e as noites de filmes em que eu adormecia sempre? eu quero isso tudo de volta.
e tu?

I love you 'till the end  <3

Lágrimas Ocultas

Lágrimas Ocultas
Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era q'rida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...

E a minha triste boca dolorida
Que dantes tinha o rir das Primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!

E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...

E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!
Florbela Espanca



Passamos os dias a estoirar tempo em busca de algo que não precisamos, de manter uma posição que consideramos confortável e nem nos lembramos de procurar sentimentos novos, nunca sentidos antes. Novos cheiros, pessoas diferentes, sons nunca ouvidos antes. Damos mais importância a parecer bem e aos bens materiais.
Valerá o esforço?









É o meu sonho. Mas na verdade é muito mais que um sonho. É a concretização de algo que considero ser muito importante para ambas as partes.
Para mim é muito mais do que apenas ajudar. É sinonimo de transformação, que me tem todos os dias feito reflectir sobre o que sou, o que quero e porque quero.
Aqui um simples sorriso é motivo para eu sorrir também, sentir o peito cheio de vontade e corar de tão parola ou significante me sentir. 
Aqui sinto que sou útil, nem que seja para dar a alegria a uma das crianças de chamar por mim e eu estar vinte segundos com ela. Vinte efémeros segundos. Aqui saboreio-os com alegria, e as mais ínfimas atitudes ou gestos podem ser o auge do meu dia, por apreciar tanto esta simplicidade ingénua que faz com que os dias passem devagar e nos dêem a oportunidade de desfrutar do sorriso de um estranho ou os dois minutos de conversa que fazem da vendedora de panquecas tão feliz todas as noites.

Aqui todos momentos e acções têm fundamento, talvez um dia aprendas isso e o possas pregar como eu.

domingo, 18 de julho de 2010

Pedra sobre Pedra



Fui-me embora. E tu agarraste a primeira oportunidade para voltares a erguer a tua grande muralha. 
Pedra sobre pedra. 
Não te culpo. Mas também não fico feliz.
É desleal fazeres isso no momento em que sabes que não te posso atingir, não te posso alcançar e agarrar-te com todas as minhas forças. Impedir-te que afastes para um talvez sempre que eu desconheço e não tenho o mais ínfimo interesse de me apresentar perante ele. 
É uma escolha. Se assim decidiste, respeitarei com tudo o que sinto por ti.
Quando voltar tentarei de novo demolir a tão alta parede de pedras que construíste. Para mim não passarão de pedras no meu caminho.
 Terei esse direito?
Talvez não. Mas para mim um talvez é suficiente para tentar a minha sorte. 

quinta-feira, 15 de julho de 2010



À uns dias que não me escreves. Talvez estejas a evitar o que te escrevi, mas foi pura sinceridade. Até hoje os teus sentimentos parecem-me vagos, ainda não os consegui mesmo entender. Talvez até tu próprio não saibas muito bem o que sentes ou queres. Talvez apenas não os queiras partilhar comigo. 
Esta nossa relação está repleta de talvez e não sei, o que me faz sentir assim, desta forma tão estranha, tão perdida no meio de tudo e de um nada que me assusta, assusta o facto de não saber como é que te sentes, o que sentes. Vêem ter comigo sentimentos contraditórios, antónimos perdidos nas infinitas horas que passámos juntos. 
Tenho andado mais em baixo, por isso procurei por uma mensagem tua, que ainda não recebi. Gostava de saber o que tens a dizer sobre o que te escrevi, mas sei que o mais provável é nem dizeres nada. Eu sei como tu és, por isso um simples olá chega para me reconfortares.


Logo decidiremos o que fazer. Esse dia chegará breve.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Segredo



Será um segredo só nosso a paixão que nos corre nas veias e persegue para o infinito. Selaremos o nosso sentimento, trancaremos com um dos cadeados mais seguros, a distancia, e trocaremos a chave.
A partir de hoje o que sentes por mim está fechado no meu coração e só tu o poderás libertar, se combateres contra o que nos separa.
Roubas-me a tua chave. Agora és o poderoso que decide o que fazer com a nossa paixão. Estão nas tuas mãos as chaves que abrem e fecham novas portas. Ou antigas portas.
Decide Tu.
É a tua vez.

domingo, 4 de julho de 2010

Despedida


Eu quero ficar, mas sei que tenho de partir.
Eu quero partir, mas sei que te vou perder se não ficar.
Eu vou partir mas não te vou esquecer.
Os nossos caminhos cruzar-se-ão novamente se assim tiver de ser.

Até lá, Amo-te.

quinta-feira, 1 de julho de 2010


Querido amor da minha vida,

Hoje enterrei a nossa história de amor. Continuo a amar-te como sempre, mas sei que é inútil continuar esta batalha desleal, a esgotar todas as minhas forças para conseguir reaver o teu amor de novo. Guardo as memórias de todos os momentos que passámos, mas fecho-os à chave numa gaveta do meu coração. Sou uma desistente? Posso ser, mas o sofrimento que corre as minhas veias incessantemente está a destruir tudo o que sou lentamente. Esta incógnita, duvida permanente que não foge do meu passeio, fez-me ponderar e decidir que se simplesmente deixar de te ver como o que és para mim agora, talvez um dia já me possa aproximar de ti com um sorriso verdadeiro no rosto. Mas a esperança permanece, muito remota e junto das estrelas da madrugada, e a chave com que tranquei as minhas memórias será guardada, nunca a deitarei fora, nunca desejarei que viaje pelo mar fora e deixá-la nadar até uma praia deserta.
Hoje estás livre. Serei apenas um pilar erguido na tua vida, com uma história de amor escrita no passado e a possibilidade de apenas um amizade para o futuro.
Estarás sempre guardado no centro do meu coração.
Com todo o amor que nunca deixarei de sentir,
Sophie