segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

limites


recriar a felicidade. os azares acontecem, são inevitáveis. a cabeça erguida deixa-me confiante de um amanhã poderoso sem querer voltar um passo atrás. quero mais, não me fico por aqui. agora que o copo está meio cheio, as energias no cimo da montanha não me deixam cair nas vertigens do passado. faço uma alteração na letra triste e componho-a como os meus olhos a querem ver. com ou sem ti eu consigo viver. não sobreviver, mas viver como tantas outras pessoas que vagueiam nas mesmas ruas frias e cheias de pudor sabem os crimes que cometeram. porque num passado muito imperfeito o meu limite era levantar-me da cama e não verter uma lágrima, mas hoje... o limite é o pensamento do que é o impossível, mas que sem recear vou provar o doce sabor de poder olhar para ti e dizer-te ao ouvido: eu fiz o impensável, agora tenta fazer mais do que o impossível.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

hoje.

quando a harmonia se funde com a criatividade e ando com um sorriso o dia inteiro. ao fim de tanto tempo consigo ser feliz. não gosto dele ou do outro. gosto de mim, eu sou o meu sol e a minha sobrevivência. não preciso dele nem daquele. 
sou feliz. porque a vida corre-me bem. e a ti?

segunda-feira, 22 de novembro de 2010




Tenho escrito só com o coração. Muitas frases sem nexo, outras frases que não trazem nada de novo. mas agora quero escrever algo diferente, mesmo que não passem de trivialidades. desta vez acerto o que no meio de tanto errado me escapou tantas vezes... porque direito pode ser muitas coisas, o contrário de esquerdo, de torto, ou o simples direito de ser feliz e amar de novo. a surpresa vem de longe mas em força e não há outro destino senão esperar que chegue. 
hoje levo sempre no bolso das calças um papel com as palavras de um desejo que talvez nunca se realize. é de minha vontade que um dia aconteça, mas vou esperar que os sentimentos o façam sem forçar a pequena linha invisível, sonhadora como eu, que se dissipa cada vez mais rápido no horizonte de algodão doce.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

as cores do meu mundo


A ausência de cor dissipou-se. Finalmente acordei e o mundo estava a cores. o preto e branco em que vivia, cheio de angústias e pensamentos, esperanças perdidas e memórias desnecessárias, desvaneceu. já tinha saudades de conseguir apreciar o azul do céu, o brilho das estrelas que até então eram apenas pontos esbatidos impossíveis de apagar. as minhas manhãs são agora bonitas e vêm com emoção e esperança por que o dia seja diferente e bom. sim, porque quem é que disse que os dias têm de ser sempre iguais?
Neste meu mundo novo não cabe a infelicidade do que aconteceu. para mim não é preciso a Bíblia para conseguir perdoar. a força necessária para o fazer arranjei dentro de mim. perdoei-te, e mais importante do que te perdoar, perdoei-me. acho que a partir desse dia libertei-me e as cores correram para mim outra vez. na minha visão, tu ainda não consegues ver todas as cores como eu. porquê? acho muito simples: porque não ter vontade de estar com uma pessoa que amámos? no fim de contas esse sentimento deve ter uma razão que ultrapasse a linha do "porque sim". é tão estranho para mim não poder contar e desabafar tantas coisas com quem melhor me conhece. eu tenho esperança, e sei que um dia verás o mundo com as mesmas cores que eu, leve o tempo que levar. 
E quando as vires, aí...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

remember



combinámos a paz, as tréguas foram em vão. tão simples. uma simples mensagem. os teus dedos não foram capazes de carregar em pequenos botões. o teu cérebro continua sem vontade de saber de mim (ou será o coração?). os teus olhos no outro dia pareciam-me bastante felizes, simpáticos e verdadeiros, quando falaste comigo, lembraste? pensei que o teu sorriso fosse sincero. e os dois minutos de conversa fossem de tua honesta vontade. não há insistências da minha parte, tal não podes argumentar. falo-te menos do que a qualquer outro dos meus amigos. falo mais com meros conhecidos de meio dia do que contigo. 
este texto parece-me basicamente uma repetição, mas eu posso dizer que tentei tudo para que não nos afastássemos. duvidaste das minhas capacidades, do meu poder de compreensão. desacreditaste-me. e continuas a fazê-lo. não penses que quero desculpas, ou tentativas de explicação de sentimentos do passado que se devem a erros meus. já não precisas de o fazer. não preciso das tuas justificações. 
Sometimes it's hard to believe you remember me.
tal como também já te disse, tenho saudades da tua amizade. mas quando confrontada com atitudes que se resumem ao desprezo, então pergunto-me se ainda valerá o esforço, todo o tempo que passo preocupada e a tentar fazer tudo da maneira que acho correcta. mas tudo o que esteja ao meu alcance de fazer, dizer, mostrar, para ti, tudo isso não passará de algo errado por ser eu. isso sim, posso dizer-te que  dói. e esta dor é explicada pelas memórias dos sentimentos do passado que se devem a momentos criados contigo, a felicidade inexplicável que sentimos outrora, e que agora provavelmente já nem valorizas. sei que não vais ler isto, mas talvez devesses. mas para quê, não é? e mesmo que leias, não me irás dizer absolutamente nada. desta dor vem outra questão: porque mudaste tanto se já eras tão bom?
acho que te estragaste um bocadinho. pelo menos nessa altura não eras um metro e setenta de desilusão, confusão e dor para mim. 

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

dias


dias bons. dias maus. dias assim assim. ontem foi um dia bom. com força e garra para continuar. esgotei as forças e hoje fiquei internada nas minhas próprias memórias, sem energia para combater a falta de vontade que tenho de sair da cama. os meus olhos permanecem fechados. tenho tonturas, com aquele sono de inverno e tristeza anual, que me invadiram como uma injecção de uma droga qualquer. hoje é um dia mau. um dia não. engraçado classificarmos os dias assim, aos nossos olhos, uma vez que para tantas outras pessoas deste mundo serão dias-qualquer-coisa-diferente. no meu pequeno mundo é um dia triste, feio. continuo sem arranjar forças. parece que o meu corpo tirou férias e apenas consigo pensar em tudo o que não devo. em tudo o que prometi que não fazia mais parte da minha vida. hoje falhei a promessa. a curiosidade foi mais forte do que eu, sempre disse que não sou o que as pessoas acham, eu sou muito boa actriz no meu palco. a minha carapaça amoleceu e lá fui alimentar a minha idiota curiosidade. não fiquei feliz. não estou feliz. porque é que fiz então? não sei. agora está feito, mas vou tentar não o fazer mais. não quero abdicar nem mais um segundo da minha vida nada semelhante a tantas outras, invejosa das coisas fáceis dos outros, com aqueles (ou aquele?) que não merecem. 
a luta e os jogos fizeram-me crescer a carapaça que carrego todos os dias e só eu e ele a vemos. amanhã será um dia sim, eu vou sorrir para o sol, e brilhar mais do que uma estrela.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

acreditar


como é possível ser feliz? não sei. já tive tudo. já perdi quase tudo. hoje tenho a consciência do que aconteceu e que tudo o que tenho não é sorte. é fruto da pessoa que sou, do que eles são. não agradeço à sorte, agradeço às pessoas que me fizeram crescer, que me fizeram perceber o quanto a vida vale, muito mais do que um simples amor. agora amo tantas pessoas, ando de peito cheio. dou comigo a sorrir no meio da rua sozinha, a relembrar certos momentos que passei. hoje estou feliz. posso ser ainda muito mais, mas nem quero pensar nisso! porque estou bem assim. porque quando olho pela janela posso ver o reflexo ténue de uma pessoa que já chorou, já pensou que tudo era um fim. mas as voltas de 180 graus acontecem. eu sou prova disso. não é fácil, passamos muito tempo a divagar na insegurança, no desconhecido. sentimos que somos fantasmas, vazios na nossa vida. mas tudo de recupera. começa por acreditar mais em ti, para depois poderes acreditar em mim.

domingo, 24 de outubro de 2010

estrela cadente

Uma estrela cadente. a última que vi foi com ele. num fim de tarde de inverno, num passeio pela praia. nos tempos que ainda se interessava por prolongar a nossa amizade. foi um momento muito especial. fiquei muito feliz por ele estar lá comigo, naquela praia que nos deixa respirar a brisa do mar. hoje acho que foi um momento em vão. nem sei se bom de recordar. porque na altura ele ainda queria ser mais do que um melhor amigo, que nos conhece tão bem por dentro que não precisa de um raio x. mas hoje isso já não acontece. hoje ele já não quer ser mais do que um amigo, nem um amigo se interessa por ser. hoje já precisa de um raio x e muito mais, porque já não sabe quem sou. porque antes a predisposição dele para estar comigo apenas sendo meu amigo era muito maior. e quando deixou de querer ser mais do que meu amigo, deitou um amor na reciclagem e a amizade enterrou-a. isso custa perceber. custa muito mais viver. custa ainda mais só de pensar no uso que nos dão. como somos tão descartáveis. nunca pensei que a probabilidade de a nossa amizade não continuar fosse superior a zero, mas já percebi que sim. ironias da vida. porque desculpas como se ter muitos amigos são as piores e mais ridiculamente utilizadas. porque não dizer a verdade? seria bem mais simples. eu tenho tantos amigos, e arranjo tempo para cada um deles. 
a verdade é que com ele já não é assim. desconheço razão ou desculpa, e tenho muita pena. pena de não saber. não de não ter a amizade dele, isso é a sua escolha. mas gostava de perceber o erro ou motivo que levou a esta separação. para poder aprender e não o fazer com quem não merece. 
sei que não irão haver mais passeios pela praia no fim do dia. mas tenho saudades. talvez se substitua por outra pessoa, e veja a minha ultima estrela cadente novamente.
gostava tanto de obter uma resposta: O que nos aconteceu?

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

pensamentos



já não consigo pensar. em ti, no que faço. atormentas-me as noites e apenas me deixas ficar a sentir o frio da madrugada enquanto olho as luzes lá no fundo. eu preciso funcionar, não posso ser mais aquela peça do puzzle que sabes onde falta para preencher a tua vida quando há um buraco vazio. eu preciso dormir. não posso sonhar mais contigo, e comigo contigo, e comigo sem ti. já não penso nem metade em ti como antes, mas nos sonhos estás lá a dobrar. odeio estas contas matemáticas, a vida para mim não são equações, são a oportunidade de saborear momentos. mas nos pesadelos estás lá. e eu não quero isso. por isso ponho as minhas ideias a arejar neste frio que evidencia a chegada do meu amigo inverno. talvez o frio apague o meu coração.eu espero que sim. e leve também os pensamentos que tenho de ti. 

sábado, 16 de outubro de 2010

obrigada. a maneira que te tenho sentido como "amigo" fez despertar em mim a vontade de não te amar. hoje já não te amo. graças a ti. ao que és para mim, não para os outros. mais uma vez, obrigada por me libertares deste sofrimento que foi sentir que já não tens vontade de conviver sequer comigo.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

tantas coisas



ainda não encontrei a força interior para ingressar na viagem da felicidade. ainda não gosto de mim o suficiente. alguns parece que ficam felizes com isso, talvez seja a sua maneira de ser. deixei de saber gostar de mim por gostar tanto de outra pessoa. tudo acaba num ápice, não darei importância a certas coisas, porque no fim o que interessa é seguir a minha vida, sempre apenas com a minha vida. felicidade relativa com pensamentos que transcendem as palavras e me impedem de descrever. hoje já não sou um nada. mas também não sou um tudo.
um dia perguntaram-me: qual o sentido da vida?
aprender. escolhas. procura da felicidade que nos satisfaz. pelo menos penso que é o que devemos fazer. pelo menos é melhor que fazer absolutamente nada, não? as circunstancias podem não ser fáceis, nunca são. mas se nos rendermos, estamos a destruir a esperança, e a abraçar a apatia, a falta de garra que precisamos para combater a morte. 
eu não quero respirar a monotonia, o preto e branco da vida, por isso ergo a minha cabeça, aceito os acontecimentos e continuo a minha história.
um dia talvez poderei dizer que a minha história já não é apenas minha, mas em conjunto com outra pessoa. quando um dia me amar e permitir que outros o façam. 
enquanto pensas que a vida não faz sentido, agarra-te aos que ainda tens, aproveita toda a energia que te corre no sangue e salta para uma vida mais feliz. porque se achas que não faz sentido enganas-te. eu posso estar errada em tantas coisas.
mas acredita em mim só desta vez.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

ridículo.

não queiras ser quem não és. quem não consegues. já foste diferente de todas as outras pessoas, mas cada vez te rendes mais às pressões e te tornas mais um gémeozinho da sociedade. bem vindo.
agressões e lutas? à muito que me reformei de tais coisas, a minha paciência já tem outro destino. agora entre eu e tu só há uma coisa: paz. agora eu e tu só temos uma coisa em comum: gostamos de quem não gosta de nós.
a diferença entre eu e tu: tantas... eu agora sou estável. tu não. eu posso ter um feitio de se deitar fora, mas sou eu. eu não falo com rodeios, o que tenho a dizer é para ser dito. já tu brincaste comigo como se os meus sentimentos fossem uma bola de ping pong, ora me afastas ora as tuas conversas parecem esperançosas. talvez o teu mau português me tenha enganado, talvez o meu mau português não te tenha compreendido.
agora que tudo assentou eu vou erguer-me, bem mais alto do que tu. desculpa dizer isto. podes vir rapidamente a ser muito mais feliz do que eu em determinados aspectos, mas apenas por algum tempo. a minha vez também chegará. noutros tu ficarás bem para trás, num passado muito longínquo e estes tempos, ao contrário de ti,  serão memórias a não recordar. porque apenas os bons momentos são de louvar para mim. os maus são para aprender e deitar fora. sabes que a minha memória não é muito boa, por isso tenho de ser bastante selectiva. quanto à tua, tem dias, mas acho que os maus momentos para ti, ou feridas ou o que quiseres chamar, sobressairão sempre porque simplesmente não tens a capacidade de ultrapassar e preencher essas lacunas com os bons momentos que passámos.
ficamos assim então.



O amor deles poderia ser o nosso, com todas as contrapartidas. passei dois meses a desejar isso. hoje quando penso nisso, além de sentir uma vergonha indesejável e uma frustração de proporções inexplicáveis, só encontro uma palavra para descrever tal pensamento: ridículo.


domingo, 10 de outubro de 2010

realmente estou no caminho da aprendizagem. ontem estava num café e alguém me disse: tu tens um grande defeito, dás demasiado de ti aos que conheces, e quando esperas um bocadinho deles a maioria das vezes isso não acontece. o que acontece? a sensação é pior que cair de um abismo.
eu e tu. com tanto que vivemos e passámos e tu sem consideração. acho que agarraste numa borracha e apagaste todos os bons momentos juntos. deixaste só os maus, e daí tratas-me com essa consideração. não te obrigo a veres-me, mas dizeres que queres combinar um café, e depois ali estou eu, num café a estudar e tu apareces com os teus amigos e dizes: pois tínhamos combinado um café para hoje, eu fico aqui um bocadinho. 
a SÉRIO? o que esperavas? palavras sorridentes a virem de mim? desculpa mas mal podia olhar para ti, só me apetecia que desaparecesses... o que me ias dizer numa mensagem logo à noite? desculpas desculpas desculpas, outra vez?
não me apetece mais, podes deitar fora a tua lista de desculpas-feitas-para-a-sofia. podes deitar as tuas memórias e os retratos de mim fora. todas as cartas, todos os momentos. tudo fora. fica feliz. eu prefiro que sejas feliz a fazeres essas merdas.
tentei dar-te tudo de mim para ganhar a tua presença na minha vida outra vez. um dos meus grandes defeitos. e o que é que tu fazes? pois...

sábado, 9 de outubro de 2010

caminhos cruzados?



o sei se estou preparada para enfrentar a nuvem que me espera já depois da última curva. mas não posso fugir. perdi-me na estrada, devia ter virado na saída que dizia "felicidade suficiente" mas não. eu queria mais. realmente apercebo-me de que não sou muito dotada de inteligência, foram a ambiguidade e desconcentração que me visitaram nestes piores momentos. e a ambiguidade já me deu problemas. o mundo todo já sabe o meu segredo. ainda procuro a saída "plena felicidade" mas é tarde de mais. esta estrada já só tem mais uma saída, e já não posso voltar atrás. 

não tenho sido amiga. 
não tenho sido filha. 
não tenho sido apoio. 
não tenho sido estudante. 
não tenho sido gente. não tenho sido eu. 

grandes expectativas para uma pessoa como eu. eu tento mas ainda não encontrei a forma certa, a conta, o que for. vou tentar ser melhor, ser a pessoa que sei que sou, mas que não tenho sido. um pedido de desculpas para aqueles que me ajudaram mas que em certos momentos a raiva de outras coisas se revelou e injustamente falei sem pensar. para outras, um convite: a vida é em frente não é no passado, mas se lá quiserem permanecer então que sejam felizes. o meu passado tem demasiados erros para continuar a vivê-lo, e a adrenalina do futuro incógnito parece-me mais interessante. com esta escolha eu continuarei para a frente e vocês para trás, e a separação será inevitável. não estou preparada, mas é sempre assim, certo? para o teu caminho, boa sorte ;)

domingo, 3 de outubro de 2010

que me dizes ?

Acordo todas as manhãs com este zumbido e a certeza que não vais voltar. Cansada de me convencer que, apesar e acima do teu individualismo estava a tal inevitabilidade a que nos submetemos e chamamos amor, pensei que, com todo o amor que sentia por ti te iria suavizar e de alguma forma fazer parte do teu equilíbrio, tornando-me subtilmente indispensável.


                                                                                                                              Margarida Rebelo Pinto



Acordo todas as manhãs com esse pensamento.essa ideia que me arrefece o corpo e me desconforta, como se o vento cortante de Inverno entrasse pelo meu quarto. quando abro os olhos sei que não estás lá. sei que já não vais mais estar. conformo-me com a ideia de que o meu amor não chegou, não consigo dar-te o equilíbrio suficiente para me tornar indispensável na tua vida. hoje já consigo ser mais feliz com a ideia de que tudo não passará de uma linha com um nó a meio, onde não é possível avançar e ultrapassar esse nó do passado. vou ser feliz agora, com a estabilidade e com o sorriso da nossa amizade. continuaremos ligados pelo presente, passearemos juntos pelo futuro, de mãos dadas com a amizade. conheces-me melhor que ninguém. mas não conheces tudo.


amanhã dar-te-ei o meu sorriso. vamos ser felizes, que me dizes?

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

um novo

um novo começo. ainda não sei muito bem por onde seguir, desta vez decido entusiasmar-me o que virá. não há mais planos. sei alguns caminhos possíveis. sei qual escolheria para mim, mas não implica ir sozinha por esse.
o comboio espera. ainda não chegou a hora, mas está quase. os clarões da tempestade já vão longe, agora só quero ter os dias felizes e coloridos. chega de dramas, esses sei que ficaram no comboio que foi na direcção oposta ao meu caminho. já não é hipótese.
não vivi tudo. mas vivi o suficiente, vi que chegue para saber que a vida não é fácil para todos. mas para mim é. tenho das coisas mais importantes para mim.tenho todas as oportunidades a agarrar. 
tu não és mais uma oportunidade, compreendi isso. tal como prometido vou tentar dar-te, vou tentar dar-te tudo o que me permites. mas desta ver não vou viver para ti. se me magoar por ter a tua amizade terei de mudar de comboio e seguir noutra direcção. eu agora vivo para mim. 
um dia talvez vejas o que sou hoje. um dia talvez acredites. o passado marca. o passado não muda. aprende com ele. constrói um futuro. mas não vivas do passado.
chegou a hora. o comboio vai partir.
para a felicidade.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010




the truth came and my love story ended.
finally.
a broken heart. mine. a broken person.
I loved you more than myself. perhaps that was the problem. 
I hate loving you right now.
I waited for you in vain and you didn't even have the courage to tell me everything all this months. you played me like a fool.
my anger its just too painfull.
you have a hopefull heart full of love. 
a heart that is in love with another girl.
my heart is empty now.
is just unbearable.
I hate you.
But I miss you.
But I still love you.
So I cry.
And I say goodbye.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Um dia vais perceber o porquê. se não perceberes também não dou importância, é a tua vida, o teu pensamento. a partir de hoje vivo para mim. não para ti, não para um nós imaginário que me destruiu e endoideceu. não tenhas pena de mim, não tenhas pena de absolutamente nada. também já caíste muito fundo e talvez eles estiveram lá. eu também caí. e eles estão cá para me ajudar. tudo o que eu não preciso agora é de ti.
<3

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

fim.

tinha de tomar uma decisão. sei que não a tomarias, e como não consigo respirar mais sem saber como estou, qual é o meu lugar, tomei o caminho mais óbvio e decidi avançar. chorei. li todas as mensagens que tinha tuas, nem todas boas. mas tuas. olhei os presentes que um dia fizeste com gosto e mos entregaste cheios de amor. agora não passam de memórias dos melhores tempos da minha vida. chorei agarrada à fotografia que mais tarde foi num envelope até a tua casa. 
decidi escrever-te algumas coisas que resumem muito concisa tudo o amor foi para mim. tudo o que significou a nossa história. em pequenos cartões vermelhos escrevi-te "talvez um dia..." e tudo o que fiz e senti por ti outrora. escrevi numa folha branca que esperava que alguém um dia te fizesse feliz como eu não consegui. ficou também implícito que não queria estar mais contigo. talvez um dia nos encontremos e talvez beberemos um café" ou algo do género. esperavas que fosse no dia seguinte? interpretação meu caro, precisas aprender isso. e eu preciso de escrever melhor, eu sei. todos os papeis foram para um envelope, juntamente com a fotografia da minha mesa de cabeceira. 
não te queria entregar. afinal acho que não mereces essa importância. mas eu preciso de mudar de página. ler outro livro. fui até à praia. sentei-me numa duna. o mar parecia um lago, não mexia, não havia uma onda. não ias gostar, mas eu adorei. as gaivotas voavam com delicadeza rente à água, quase tinham o prazer de lhe tocar. um rasto laranja estava no meio do mar, reflectindo o mais bonito sol que alguma vez vi. o momento estava perfeito. mas continuava a faltar-me algo. observei os pássaros voar de um lado para outro, neste fim de tarde tão importante e tão bonito. enviar-te a carta. não te enviar a carta. esse pensamento atormentou-me todo o caminho, toda a estadia na praia. já a escurecer voltei e conduzi até tua casa. o meu coração batia incessantemente e compulsivamente. este passo era o fim. 
talvez por cobardia não te queria ver. fui muito atenta até à porta de tua casa, enfiei o envelope na caixa. voltei-me e corri com todas as forças para o carro. o caminho a casa foi feito a chorar.
o fim. percebes agora? ou preciso ser ainda mais explícita?
vou tentar: eu preciso de viver. contigo já não dá. evoluí, e tu ficaste no fundo. não no fundo do meu pensamento e muito menos do meu coração, mas acredito e vou lembrar-me todos os dias de que um dia também aí estarás no fundo. 
e só mais uma coisa: as verdades não são ataques. não te lanço bombas, é apenas a verdade. aqui a pessoa agressiva não sou eu, lembraste? não gosto de lutas.
paz.

domingo, 12 de setembro de 2010

lições da ignorância

Escolhi o futuro errado. Que novidade para uma pessoa que nunca cometeu erros. Mas tu és perfeito não é? Desculpa desiludir-te mas aos meus olhos os teus erros e defeitos têm crescido. Os meus também, não o nego. Alem das inúmeras diferenças que temos, e que nos torna tão únicos, talvez pudesses ter a capacidade de perceberes os teus erros e tentares mudar. Mas não, tu preferes mudar o teu caminho em vez de aprenderes e tentares remediar o teu erro.
Não te posso ensinar muito, mas a mudança é nossa amiga, não duvides disso. Com a mudança, essa palavra tão fácil de dizer mas tão difícil de a usar. A mudança tem sido uma grande amiga para mim, e a partir de agora ando sempre com ela e com a reflexão. Sim, a reflexão também é nossa amiga. Por vezes um pouco chata e repetitiva, mas ela sabe que é para o nosso melhor.
Como pode haver neste mundo pessoas que consideram o amor não mais do que uma palavra que se massificou e espalhou por todo o mundo, tornando-a num sentimento? Para mim, o amor e a paixão são sentimentos bipolares. Podem dar-nos a maior sensação e preenchimento que podemos conhecer, como pode dar-nos o maior sufoco e solidão, a tristeza dos dias a passar como se cada minuto fosse uma hora, e o sacrifício de olhar o resto do mundo. Como podem acreditar nisso quando todos os acabam, eventualmente, por sentir? Uns desconhecem como é gratificante e feliz ser amado e amar, nunca tiveram a sua oportunidade, a sua sorte.
Eu tive. E por erro ou destino (será que acredito no destino sequer?) perdi de novo. A minha paixão, o meu amor. O amor por ti. Mas mais difícil ainda: levaste contigo o amor que tinha por mim. Não era muito, admito, mas permitia-me gostar de mim o suficiente de maneira a que outros gostassem. Hoje isso já não pode acontecer. Estou presa, encalhada. Sou como um brinquedo partido, que as crianças deixam a um canto para ser esquecido e levado. Esse brinquedo nunca mais será um brinquedo bonito outra vez se ninguém o concertar. Mas para quê arranjar algo quando se pode ter um novo? Um brinquedo melhor, que nos dá um novo entusiasmo?
Esse brinquedo fica então estragado. Para sempre.
Com sorte, talvez o para sempre seja interrompido por alguém que esteja tão danificado como o brinquedo e o decida concertar, fazendo-se feliz. E aí também o brinquedo poderá sorrir de novo.
Ouvi dizer que o primeiro amor é sempre difícil de esquecer. Não sei se serás o primeiro, talvez ainda nem saiba o que é sentir amor. Mas se o que eu sinto é dor causada por amor, então a minha questão seguinte é mesmo muito importante: como deixar de amar alguém?
Sim, eu não quero amar ninguém. Já corri suficientes riscos, já tive um amor. Já conheci a plena felicidade. Agora que perdi tudo e que sei o que é a plena tristeza do amor, quero voltar ao equilíbrio. Quero gostar de mim. Quero banir a palavra amor. E divorciar-me do sentimento amor.

Por isso fica a questão outra vez: como deixar de amar alguém?
odeio-o. estou inconsolável e cheia de raiva. talvez seja o novo passo, o passo seguinte para me tornar menos sentimental. odeio-o de morte agora. estou revoltada. não o quero mais.vou odiá-lo amanhã. e vou odiar-me por o odiar todos os dias. mas faz parte de todo o processo, não é ?
odeio-te amor.

sábado, 11 de setembro de 2010

duvidas duvidas

dúvidas. que gostas de mim? nem pensar. a resposta a isso já sei.
mas dúvidas de que queres dizer-me sequer um 
olá 
na rua, uma olá daqueles que não é forçado. 
não faz mal, eu começo novamente.


olá amigo.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

o abraço que não me deste.

foste a única pessoa que quando me viu faltou com um abraço. nem da primeira nem da segunda vez. vês algo de errado? eu não. eu não vejo nada de errado porque não era algo que ainda esperasse de ti. mas custou, sabes? quando ouvi alguém a chamar-me, e  me viro e te vejo, nas circunstancias em que te vi, num dia que para mim continua a ser especial e memorável, fiquei para morrer. parecia que tinhas agarrado o meu coração e com a tua força o apertaste tanto que caiu no chão em mil pedaços. com um sorriso como se estivesses a troçar de algo. rapidamente peguei em todos os pedaços que consegui e corri para longe. a partir daí esse dia já não é bonito. a partir daí percebi ainda melhor. percebi, não que me tenhas dito alguma coisa, já que nunca o fazes. é o teu direito. 
tenho uma opinião formada sobre ti, talvez não seja a melhor nem a que melhor te descreve, afinal, acho que já não te conheço. ainda assim continuo a gostar de ti, que pessoa com duas graminhas de cérebro sentiria isso? 

talvez uma que o coração lhe pesa uma tonelada. mas prometo que o meu coração vai fazer a maior dieta, correr todos os caminhos e apanhará o comboio para a liberdade em breve.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

o momento


cheguei. cheguei muito ansiosa. preparei o meu discurso para ele. não preparei nada para ela, decidi que ia soltar os meus sentimentos no momento em que estivesse com ela. foi muito especial. passou rápido, mas tenho a certeza que teremos muitos mais momentos juntos.
hoje o meu discurso preparado e ensaiado foi deitado fora pelo meu coração no momento que o vi. erro que sabia que poderia acontecer. não lhe disse nem metade do que queria, as palavras foram num passeio mágico e por lá se perderam. tive de ser eu. talvez um dia ainda lhe diga o que tanto ensaiei sozinha, cada palavra. talvez não seja preciso e ele perceba por si só, se desta vez se interessar.


apenas uma mensagem: já te vi mas naquele dia não te vi. sei que não acreditas, por mim ficas com a tua versão, já que há sempre duas versões para tudo o que envolve no mínimo duas pessoas. uma coisa que não há duas versões e que por mim até pode ser a única coisa que podes ter a certeza no teu mundo: eu não minto.

sábado, 4 de setembro de 2010

uma mensagem





No último ano muitas coisas aconteceram. Em algum momento da vivi algo que me mudou, e me transformou numa pessoa que não queria ser. Tomei decisões erradas, atitudes pouco próprias. Fui ingrata para certas amizades, ingénua para outras. Pus fim a umas sabiamente. Pus pausa noutras por estupidez. Perdi um amor. Pensei ter achado outro que afinal era um erro no caminho. Tive as duas semanas mais difíceis da minha vida, onde lidei com a perda de alguém que respeitava e gostava muito.
 O querer estar só numa data tão esperada por tantos, os vinte, por não poder estar com as pessoas que queria, pelas várias razões. Sentir a solidão que me sorria com vaidade nas horas mortas que tomavam grande parte do meu dia. Ele esteve comigo, como sempre, é raro falhar. Não sei se por pena, se por simpatia. Se por ser uma das melhores pessoas que conheço. Depois de tudo o que fiz, tudo o que disse. No pior momento, ele esteve presente quanto permitiu a si mesmo. Não o culpo, no fundo, penso que o seu distanciamento é uma forma de protecção para não cair no abismo da dor novamente.
Faltou-me tudo, sabes? Não tinha o conforto das palavras da mãe, nem o tempo do pai. Pensava que me tinha acostumado a isso, mas naquelas duas semanas foi-me difícil. Tudo foi difícil naquelas duas semanas.
Sorria forçadamente, procurava soluções. Vagueava por memórias perdidas, sentimentos que julgava estarem apagados. Foi nestas duas semanas que mudei outra vez.
Nos últimos tempos conheci pessoas novas. Essas pessoas provavelmente não sabem, mas ajudaram-me a ultrapassar grandes coisas apenas pelo facto de estarem comigo. Vi novas realidades, novos pensamentos. Preenchi alguns buracos de solidão e foi aí que comecei a sentir a capacidade de erguer-me perante a vida. Até agora apenas me resumia a ver os dias passar, num silêncio sufocante. Reencontrei pessoas que estavam longe, longe do pensamento. Mais uma vez os meus erros deixaram cicatrizes irremediáveis em algumas. As pessoas novas que conheci, desta vez não deixei que me fizessem de brinquedo, fiz questão de perceber o que realmente queriam de mim. Caí naquele grupo de pessoas com um bom pára-quedas e surpreendentemente acolheram-me de braços abertos. Senti-me confortável. Senti-me feliz.

Quando decidi fazer esta viagem muitas coisas me passavam pela cabeça: queria sentir-me útil, sentir que pelo menos num lugar podia tentar fazer a diferença, coisa que aí não conseguia. Procurava um refúgio, um lugar onde pudesse pensar. Não como solução, mas como uma pausa prolongada na minha vida, longe de tudo e de todos.
Sabia que ao partir poderia perdê-lo. Mas estava disposta a esse risco. Afinal, se é tão fácil esquecer algo em apenas dois meses, talvez então não seja importante como se julgava, certo? Eu pelo menos penso assim. A sua ausência da minha vida poderia apagá-lo da minha memória ou aumentar o meu sentimento por ele. O meu coração escolheu a segunda opção, o que só o futuro poderá dizer se foi a escolha certa.
Quando a decisão foi tomada, poucos me apoiaram. Poucos acreditaram. Muitos desaconselharam. Fui contra todas as opiniões desfavoráveis e enverguei nesta viagem, que pelo menos para mim era uma aventura por descobrir.
Hoje já passaram quase dois meses. Muita reflexão. Muitas memórias daí, daqui. Muitas saudades.

Àqueles que me apoiaram nos últimos tempos, obrigada. Acho que não têm noção do quanto gosto de vocês, que me viram chorar, sorrir e me conheceram no meu pior. [vocês sabem quem são ;)] A vossa companhia e a vossa força foram e são muito importantes para mim. Os nossos momentos fizeram-me uma pessoa mais feliz e por nada deixarei que isso mude!

Aqueles que ainda estou a conhecer, mas que ao longo desta viagem fomos trocando impressões, esses que seria tão fácil mas não se esqueceram de mim, obrigada também. Tenho a certeza que vos vou conhecer ainda melhor nos próximos meses. Também vocês estiveram presentes e me receberam ainda melhor do que o que poderia imaginar.

A ela, que é um caso completamente isolado de todos os outros, pois estamos distantes à tantos meses: estou muito contente por finalmente estarmos mais que dispostas a pôr um fim ao período de ausência. Estou desejosa por a ver, acho que não há muito a resolver, mas falaremos depois. Espero que as coisas se voltem a compor. Obrigada por teres também tomado o passo!

A ele, não há muito a dizer. Estou eternamente grata por tudo o que fez por mim e tudo o que abdicou por mim, mesmo quando tinha todas as razões para não o fazer. Quando chegar combinamos um café ou qualquer coisa, quando estiveres disponível, ok? Conversamos um bocado, e eu tenho umas coisas para ti. Fico à espera de uma mensagem.


Menos de uma semana, até logo! <3

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

onde estás ?





Procuro-te. está escuro, o mundo está num sono profundo. a neblina não me deixa encontrar-te. procuro uma estrela que me guie, que me conte o segredo, o caminho até ao teu mundo. espero deitada no telhado poeirento. espero que a grande nuvem de ideias e memorias se dissipe e me deixe ver o céu, as estrelas. me deixe agarrar uma. não consigo. o teu segredo continua guardado. 
já não tenho nada a esconder. já sabes o que sinto. não vou forçar mais nada. apenas fico com o que sinto por ti, vou continuar a olhar o céu e a tentar encontrar a estrela.


"As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes."







Onde estás ?

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

desta vez deixo uma questão ainda mais simples. 
pode ser que consigas responder-me a esta.



ainda pensas em mim ?



domingo, 29 de agosto de 2010

mensagem escrita que nunca receberás

saboreio a leve brisa que as ondas trazem até mim. nesta altura também tu estás perto do mesmo oceano que eu , embora estejamos tão longe, em diferentes continentes. poderíamos estar muito perto, talvez se pensasses um pouco mais em mim. já eu, carrego o fardo de pensar em ti todos os dias. talvez por esta mesma razão nunca te irei ter outra vez. as vicissitudes da vida sempre me ensinaram, e este será mais um capítulo, provavelmente o mais difícil de fechar, caso assim tenha de ser. apesar de tudo, continuo a olhar o mar e a pensar em ti, e o que um dia fomos.










Esta semana vai passar devagar. Ela foi embora. e com ela levou a alegria deste lugar. agora não há muito que fazer. só esperar pelo raiar do sol novamente.
quanto a ti, logo se vê.
quanto a ti, estou ansiosa por te ver!
quanto a vocês, já está quase quase!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

desculpa também .





"- Eu fui uma tola, disse por fim. Peço-te perdão. Trata de ser feliz.

A ausência de censuras o surpreendeu. Ficou parado, inteiramente sem jeito, com a redoma no ar. Não podia compreender essa calma doçura.

- É claro que eu te amo, disse-lhe a flor. Foi por minha culpa que não soubeste de nada. Isso não tem importância. Foste tão tolo quanto eu. Trata de ser feliz... " 

O Principezinho


Fomos tolas. mas quem, em alguma altura, não o é? talvez tenha demorado tempo demais para dar-mos o passo, mesmo depois de ambas ter-mos reconhecido onde errámos. seguimos as nossas vidas tentando apagar a imagem uma da outra da nossa cabeça, do nosso coração. tolas outra vez. como poderíamos pôr tal coisa em questão? não depois de tudo o que passámos. 
durante este tempo tivemos oportunidade para reflectirmos, muito mesmo, sobre o que somos, o que fizemos, como agimos. a nossa amizade não é como pequenas bolhas de sabão que pairam no ar, bonitas e coloridas, e em menos de um segundo desaparecem para sempre. estamos demasiado unidas para nos libertarmos tão facilmente.
no meu pequeno mundo serás recebida com o maior abraço que me for possível dar-te. não digo para esquecermos o que aconteceu, porque devemos aprender com o que passámos. Além de outras coisas, a maior lição que retive é que a nossa amizade é demasiado importante para voltar a pensar que isto talvez fosse o melhor. talvez esteja diferente outra vez, talvez tu estejas diferente. Vamos ter de nos reencontrar e (re)conhecer outra vez. Não guardo rancor ou qualquer outro sentimento negativo de ti, estou positiva e esperançosa que a nossa relação cresça de novo. quero ganhar a tua confiança, sentir que posso contar-te os meus segredos, tudo o que se passou durante a tua ausência.
sem te julgar te receberei como se tivesses partido numa longa viagem à descoberta do desconhecido. julguei-me durante esse tempo, o que pode ser mais difícil mas mais correcto do que julgar-te a ti.
a vida é curta de mais para arrufos de longa duração. Prometo que para a próxima não me vou importar com orgulhos tontos ou egoísmos ridículos. Prometes o mesmo?
quem sabe um dia até podemos desenhar o anel de Claddagh no nosso corpo para sempre.  O que sei é que voltei a ter sonhos felizes desde que me mandaste aquela mensagem.

tenho saudades tuas.