quarta-feira, 21 de julho de 2010




Não sei se a mensagem era suposto ser para mim. mas de qualquer maneira relembrou-me uma tarde bem passada em tua casa. respondendo à tua questão: claro que me lembro. posso não estar contigo à meses, mas guardo bem guardadas as memórias de tudo o que vivemos juntas. essa tarde, esse filme. olhámos uma para a outra e abraçámos-nos com força a chorar.
talvez nunca venhas a ler isto. tenho uma questão que continua a palpitar-me na cabeça. talvez um dia também já a tenhas tido, não duvido disso. talvez já a tenhas esquecido. um texto repleto de insignificantes ses. como é que é possível duas pessoas que partilham praticamente tudo de uma vida, choram juntas agarradas à ideia de uma perfeita amizade, e por fim se separam por tempo indeterminado? indeterminado, mais uma vez com a possibilidade de um talvez infinito. 
sim eu errei, mas tu erraste quando falsamente me perdoaste. passaste o tempo em busca de falhas para me mostrares como não sou perfeita, como se eu precisasse de alguém para fazer isso, eu própria não me basto? esperaste sentada até que algo acontecesse para me  mostrares o terrível adamastor que sou. por vezes penso que talvez possa ter sido uma simples maneira para me afastares de vez da tua vida. mas acho que isso não se encaixa muito na tua essência. alias, vindo de outras pessoas fiquei a saber que o teu grande sentimento por mim era a raiva. será que ultrapassou o sentimento de profunda amizade? talvez. mas gosto mais de pensar que canalizaste tudo isso para a raiva exactamente por gostares tanto de mim. 
sempre achei que fossemos parecidas, mas tanto tu como eu temos evoluído em direcções bastante diferentes. és de uma maneira que não me vejo a ser, e sem que sentes o mesmo. de qualquer das maneiras, eu respeito a tua maneira de ser.
naquele dia senti que era o momento de te dizer o que sentia. talvez não te devesse ter dito daquela maneira. não talvez. realmente não devia ter dito algumas coisas que disse. mas estou a viver a minha vida e não a tua, não tenho de continuar a partilhar a minha vida apenas contigo. talvez não percebas isso. talvez não gostes. não falo das tuas acções porque devem ser reflectidas por ti. eu tenho a minha opinião.
continuo a ter muitos sentimentos por ti [daí que quando te vi um dia te tenha falado. desculpa se não o querias fazer. simplesmente acho que por muito mais do que educação o deveria fazer.]
após todos estes meses sinto que ainda tentas ridicularizar-me, fazendo comentários no meu facebook, mesmo que não percebendo de onde vêm as frases ou as brincadeiras. outra pergunta me surge: mas para quê? deixei de estar na tua vida, queres voltar a entrar na minha pelos piores motivos?
eu sei que estou diferente, podes já não saber, porque nestes últimos tempos muitas coisas me ajudaram a progredir, a seguir em frente. 
não entendas como crítica. não te critico. tu és a melhor pessoa para o fazeres se assim entenderes. reflexão. essa já tive muita em relação a isto. apenas tenho a minha opinião, que só tu a saberás. talvez um dia. talvez nunca.
nesta nossa história que pode já ter um ponto final apenas quero lembrar a alegria destes anos. o resto simplesmente não quero guardar na memória.
talvez um dia voltemos a chorar de felicidade abraçadas como se não houvesse amanhã.

1 comentário:

  1. A mensagem era para ti. E tu sabes que sim. Hoje não é o momento, nem tão pouco enquanto não voltares. Só te quero dizer que ao contrario do que muita gente pensa a raiva e a revolta estão mais perto do amor do que se pensa.

    Um dia, com calma e frente a frente terás resposta a tudo o que quiseres. Eu prometo. Até lá, por tudo , tem cuidado e sê feliz.


    Catarina

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